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segunda-feira, 19 de março de 2012

Brasil registra queda de 62% nos casos da doença

O Brasil registrou queda de 62% nos casos de dengue no início de 2012. Foram registrados 40.486 casos da doença, contra 106.373 no mesmo período de comparação (a análise foi feita entre os dias 1 de janeiro a 11 de fevereiro). Seguindo a mesma tendência de queda, houve diminuição de 86% nos casos graves – que passaram de 1.345 (2011) para 183 (2012) - e de 66% nos óbitos, que reduziram de 95 (2011) para 32 (2012). Novo Levantamento de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa 2012) avaliou 536 cidades brasileiras e mostra que 356 municípios têm alta presença do mosquito, sendo 91 em situação de risco de surto e 265, em alerta. Outras 180 cidades apresentam baixo risco de infestação. Confira a apresentação. “Dados positivos são para aprendermos com o que deu certo e reforçarmos ainda mais as ações. Apesar de termos reduzido em 62% as notificações em todo o país, mais de 300 municípios estão em risco ou em alerta de surto. Então, precisamos intensificar a nossa atuação no combate à dengue e não baixarmos a guarda. É este o recado que o Ministério da Saúde quer passar”, ressaltou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Como exemplo de esforço no combate à dengue, o ministro citou a cidade do Rio de Janeiro, que conseguiu reduzir o número de focos do mosquito, devido ao esforço dos gestores locais. “A melhoria no atendimento aos pacientes de dengue já surtiu efeito, na redução do número de óbitos, em todo o país e, especialmente, no Rio de Janeiro”, enfatizou Padilha. Os 91 municípios (ver lista completa no fim do texto) com maior risco de surto estão concentrados nos estados da Bahia (22 cidades); Maranhão (12); São Paulo (12), Paraíba (7), Goiás (7), Pernambuco (6), Amazonas (6), Pará (5), Ceará (3), Alagoas (2), Sergipe (2), Rondônia (1), Roraima (1), Tocantins (1), Rio de Janeiro (2), Mato Grosso do Sul (1) e Mato Grosso (1). LIRAa 2012 - O levantamento permite identificar onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor e é realizado pelo Ministério da Saúde, em parceira com as secretarias estaduais e municipais de saúde. Nos municípios em situação de risco, mais de 3,9% dos imóveis pesquisados apresentaram larvas do mosquito. Já nas cidades em situação de alerta, o índice de infestação é de 1% a 3,9% e, no caso das cidades com baixo risco, o índice fica abaixo de 1%. O mapa revela ainda que nas regiões Norte e Centro-Oeste a maior presença do mosquito da dengue está concentrada no lixo. Já no Sudeste e no Sul, a concentração está nos depósitos domiciliares (pratinhos de plantas, calhas, entre outros locais) e no Nordeste o problema é com os depósitos de águas, principalmente as caixas. CASOS - No início de 2012, o Brasil registrou redução de 62% nos casos de dengue. Foram notificados 40.486 casos da doença, contra 106.373 no ano passado. Seguindo a mesma tendência, houve diminuição de 86% nos casos graves – que passaram de 1.345 (2011) para 183 (2012), e de 66% nos óbitos, que reduziram de 95 (2011) para 32 (2012). Os dados mostram que houve aumento na incidência da doença em alguns estados, como Tocantins, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Sergipe. Do total de casos (40.486) notificados, 75% estão concentrados em 10 estados: Rio de Janeiro (4.275 casos e incidência de 26,7 por 100 mil habitantes); Minas Gerais (3.531 casos / incidência de 18); Pernambuco (3.495 / 39,7); Tocantins (3.450 /249,4); Pará (3.304/ 43,6); Bahia (2.743/19,6); Goiás (2.690/44,8); São Paulo (2.590/6,3); Ceará (2.322/27,5) e Espírito Santo (1.982/56,4). Dez cidades com população acima de 100 mil habitantes concentram o maior número de casos: Rio de Janeiro (RJ), Palmas (TO), Goiânia (GO), Aparecida de Goiânia (GO), Fortaleza (CE), Juazeiro do Norte (CE), Recife (PE), Rio Branco (AC), Parauapebas (PA) e Belo Horizonte (MG). O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, atribuiu a redução no número de casos ao trabalho que vem sendo realizado entre o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais para o combate à doença. “Temos vários fatores que contribuíram para este cenário: as medidas adotadas pelos gestores locais – como o trabalho dos agentes de endemias -, a participação da própria sociedade, que está mais consciente - e os aspectos climáticos, já que tivemos um janeiro chuvoso e mais frio”, explicou o secretário. Da parte do Ministério da Saúde, o secretário citou como exemplo o repasse adicional de R$ 92,8 milhões a 1.159 municípios para a qualificação das ações de prevenção e controle da doença, além das ações, como o monitoramento semanal dos municípios - com mais de 100 mil habitantes, - considerados endêmicos. SOROTIPOS VIRAIS – De 1.435 amostras inoculadas em todo o país, 199 foram consideradas positivas. A proporção de amostras positivas, revela a predominância nos isolamentos dos sorotipos DENV 1 (47%) e DENV 4 (50%). O sorotipos DENV 2 apresentou baixa proporção no isolamento e o DENV 3 não foi identificado na amostra. Foi observada uma maior predominância do DENV 4 nas regiões Norte e Nordeste e do DENV1 nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. AÇÕES – Como parte das medidas de combate à dengue, o Ministério da Saúde fez repasse adicional a 1.159 municípios brasileiros de R$ 92,8 milhões para ações de prevenção e controle da doença. O repasse ocorreu no fim de 2011. Também foram adquiridas 2.500 toneladas de larvicidas e 350 mil litros de inseticidas para distribuição aos estados e municípios O Ministério da Saúde ainda adquiriu 12.717 kits de diagnóstico suficientes para processar mais de um milhão de amostras, intensificou a campanha de prevenção na mídia, disponibilizou no site da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) a atualização do Guia de Manejo e Classificação de Risco do Paciente com Dengue, distribuiu aos estados e municípios 450 mil cartazes da Classificação de Risco do Paciente com Dengue. MONITORAMENTO – O Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais, desenvolveu em 2011 uma ferramenta que captura na internet rumores relacionados à ocorrência de dengue. Esse sistema é utilizado de forma complementar ao sistema de vigilância tradicional para alertar os gestores sobre o possível aumento de caso de dengue no município. Estão sendo monitorados, semanalmente, todos os municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes.

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