segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Programa Melhor em Casa já está presente em seis estados
O programa Melhor em Casa já habilitou 152 equipes que prestam atendimento domiciliar pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Após dois meses do lançamento, o programa que veio ampliar esse tipo de assistência já está presente em seis estados, beneficiando a população de 16 municípios. Ao todo, são 95 Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD) e 37 Equipes Multiprofissionais de apoio (EMAP). Neste total, estão incluídas também as 20 equipes federais do Instituto Nacional do Câncer (INCA), do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) e do Grupo Hospitalar Conceição (GHC).
“Com esse programa, os pacientes recebem tratamento no melhor local que podem ser tratados, ou seja, em casa, junto com a família, envolvendo todos para a recuperação da saúde”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “As pessoas devem ser atendidos de forma integral e é esse nosso objetivo com a construção de redes de atendimento”, destacou. O Ministério da Saúde investirá, por mês, R$ 34,5 mil por equipe principal e R$ 6 mil por equipe de apoio, como incentivo de custeio. Até 2014, o investimento total é de R$ 1 bilhão, para implantação de mil equipes de Atenção Domiciliar e outras 400 equipes de apoio.
A meta para o próximo ano é chegar a 250 equipes credenciadas. “Os apoiadores técnicos da atenção domiciliar estão intensificando a mobilização junto aos gestores estaduais e municipais para que possamos ultrapassar a meta de 2012. Para que isso aconteça, vamos publicar os cadernos de atenção domiciliar e ofertar cursos de educação a distância, em parceria com a Universidade Aberta do SUS (UNASUS)”, enfatiza o coordenador do Programa Melhor em Casa, Aristides de Oliveira.
O coordenador destaca ainda que uma das prioridades é favorecer a troca de experiências entre gestores e equipes, por isso serão implementadas Comunidades de Práticas do Melhor em Casa, uma plataforma online de discussão e troca de experiências.
ATENDIMENTO - Pessoas com necessidade de reabilitação motora, idosos, pacientes crônicos sem agravamento ou em situação pós-cirúrgica e com possibilidade de desospitalização, por exemplo, são atendidas por equipes multidisciplinares durante toda a semana (de segunda a sexta-feira), 12 horas por dia e, em regime de plantão, nos finais de semana e feriados.
As equipes são formadas prioritariamente por médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e fisioterapeuta ou assistente social. Outros profissionais como fonoaudiólogo, nutricionista, terapeuta ocupacional, odontólogo, psicólogo e farmacêutico, além de fisioterapeuta e assistente social poderão compor as equipes de apoio. Cada equipe poderá atender, em média, 60 pacientes, simultaneamente.
O programa Melhor em Casa também ajuda a reduzir as filas nos hospitais de emergência, já que a assistência, quando há a indicação médica, passa a ser feita na própria residência do paciente, desde que haja o consentimento da família. Até 2014, serão implantadas em todas as regiões do país.
Confira aqui portaria que habilita as primeiras equipes
Filantrópicos com atendimento 100% SUS receberão incentivo Adicional corresponderá a 20% do que é repassado para custear a produção hospitalar de média complexidade. Estados e municípios devem solicitar a adesão.
O Ministério da Saúde aumentará os recursos destinados aos hospitais filantrópicos e de ensino que atendem exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Eles receberão um adicional de 20% do valor total destinado à assistência hospitalar de média complexidade. O incentivo foi definido em portaria publicada no Diário Oficial da União e ajudará na manutenção dos serviços dessas unidades.
A ação faz parte de uma série de medidas adotadas este ano pelo Ministério da Saúde para ampliar o atendimento nos hospitais filantrópicos e de ensino e integrá-los mais a rede pública de saúde. Além do incentivo criado pela portaria, foram destinados, em dezembro, R$ 220 milhões as 663 unidades que participam do Programa de Reestruturação e Contratualização dos Hospitais Filantrópicos.
“Reconhecemos a importância das entidades filantrópicas e queremos estreitar a relação delas com o SUS. Hoje elas respondem por cerca de 50% do atendimento na rede pública de saúde”, destacou o secretário de Atenção a Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães. Ele acrescenta ainda que o reforço que está sendo dado ajuda a garantir a sustentabilidade dessas unidades e a continuidade dos seus serviços.
METAS DE QUALIDADE –Para aderir à iniciativa e os hospitais passarem a receber os 20% adicionais, os gestores municipais e estaduais devem solicitar o incentivo ao Ministério da Saúde, atestando que a unidade está dentro dos pré-requisitos. Além do atendimento 100% SUS, o hospital deve fazer parte do Programa de Reestruturação e Contratualização dos Hospitais Filantrópicos ou do Programa de Reestruturação dos Hospitais de Ensino Públicos e Privados.
Os hospitais que receberão o incentivo vão se comprometer com metas de qualidade e serão acompanhados pelo Ministério da Saúde. Eles devem, por exemplo, manter a taxa de ocupação dos leitos alta e fazer a classificação de risco no atendimento de urgência e emergência, como está previsto no programa para melhorar o atendimento nesta área, o Saúde Toda Hora.
È uma pena que nosso querido São João de Deus não é 100% SUS.
CBF gasta 23 milhões de reais para calar Romário
Sempre bato nesta tecla: podemos chamar Ricardo Teixeira de muitas coisas. Mas burro ele não é.
No apagar das luzes da semana passada, às vésperas do Natal, a CBF anunciou que doará 32 mil ingressos para deficientes físicos durante a Copa do Mundo 2014. Serâo 500 ingressos para portadores de necessidades especiais, com direito a acompanhante, para cada jogo do Mundial. Segundo apuração do Portal iG, a CBF vai desembolsar 23 milhões de reais para o projeto.
O deputado Romário teve duas grandes causas neste primeiro ano de mandato legislativo: fiscalizar a organização para a Copa 2014 e melhorar a vida de deficientes físicos - Romário tem uma filhinha portadora da Síndrome de Down, que lhe serve de inspiração.
Romário tem sido o principal opositor a Ricardo Teixeira, que preside a CBF e é, na prática, o manda-chuva do Comitê Organizador Local (COL), que organiza a Copa. Teixeira precisava desesperadamente de uma estratégia para amenizar as críticas de Romário, que surtem mais efeito que as críticas de qualquer jornalista esportivo.
Com isso em mente, apaziguar Romário foi a primeira grande missão de Ronaldo como presidente oficial do COL. Ele chamou o seu ex-companheiro de ataque na Seleção Brasileira para conversar e, na sequência, anunciou que a CBF financiará os ingressos para deficientes. Emocionado, Romário disse o seguinte:
"Conversando com o Ricardo (Teixeira) e Ronaldo, fiz um pedido sobre a possibilidade de termos alguma conquista para essa classe de pessoas com deficiência. E fiquei surpreso com a rapidez da resposta. O Ricardo me passou que, independentemente de qualquer coisa, a CBF vai doar 32 mil ingressos para pessoas com deficiência e seus acompanhantes. Essa é uma vitória dentro desse meu primeiro ano de mandato. A maior delas, porque será a única classe sem ter que pagar ingresso. Por isso, eu gostaria de aproveitar para agradecer ao Ronaldo e ao Ricardo".
Ricardo Teixeira deve estar sorrindo de alegria ao ver o tom amistoso como Romário se refere a ele. Agora é esperar pra ver como será o Romário de 2012, se o combativo deputado que bota a boca no trombone em tudo a que se refere a organização da Copa, ou se apenas um ex-jogador que trata com desvelo os assuntos que Ricardo Teixeira e Romário tiverem interesse.
sábado, 17 de dezembro de 2011
SUS garante tratamento preventivo para hemofílicos. Profilaxia primária prevê o uso domiciliar de medicamento para a reposição de fatores de coagulação em pacientes com hemofilia grave dos tipos A e B. Procedimento é indicado para crianças com até 3 anos e resulta na melhoria da qualidade de vida dos hemofílicos
Hemofílicos assistidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) têm garantida a chamada “profilaxia primária” para o tratamento de hemofilia grave dos tipos A e B. O procedimento preventivo à doença é indicado para pacientes com até 3 anos de idade que tenham tido até uma ocorrência de sangramento ou hemorragia da articulação (hemartrose). O tratamento profilático, que consiste no uso de medicamento (hemoderivado) para a reposição do Fator de Coagulação VIII no organismo, previne lesões nas articulações (artropatias) como também diminui a possibilidade de sangramentos. “Esperamos que estas crianças ganhem uma melhor qualidade de vida. Prevenindo as conseqüências da hemofilia desde cedo, os pacientes têm de utilizar menos medicamentos e passam por menos interferências hospitalares”, destaca o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A profilaxia primária passa a ser oferecida no SUS a partir deste mês, respaldada por protocolo discutido desde 2006 pelo Comitê Nacional de Coagulopatias, coordenado pelo Ministério da Saúde. Para ter acesso ao tratamento e receber o hemoderivado (Fator VIII), os pacientes precisam estar cadastrados em um dos 35 Centros de Tratamento de Hemofilia (CTH), onde têm orientação e acompanhamento médico para a obtenção do medicamento de uso domiciliar. A adesão ao tratamento está condicionada à avaliação clínica, social e psicológica e também à assinatura de termo de consentimento, pelo qual o paciente (ou responsável) atesta a responsabilidade pelo tratamento em casa. Do total de CTHs implementados no país, 32 são vinculados a hemocentros coordenadores de redes estaduais e regionais e unidades de menor porte em hemocentros e hemonúcleos nos estados.
O tratamento profilático da hemofilia é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O coordenador de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Guilherme Genovez, reforça que o tratamento domiciliar deve ser iniciado anteriormente ao desenvolvimento de danos nas articulações. “A prevenção, por meio da profilaxia primária, reduz o risco da instalação de deficiências físicas permanentes, trazendo também benefícios ao paciente e também à sociedade. As crianças passam a ter melhor desempenho escolar, por exemplo, e os adultos, aumento da produtividade, reduzindo-se substancialmente a possibilidade de invalidez”, afirma.
Atualmente, 15 mil portadores da doença são assistidos pela rede pública de saúde (recebem medicamentos pelo SUS, incluindo aqueles que possuem convênios e planos de saúde ou que recorrem ao sistema privado de saúde). Deste total de pacientes, 10.464 mil são cadastrados como hemofílicos A e B.
INVESTIMENTO– Para garantir a profilaxia primária aos hemofílicos assistidos pelo SUS, o Ministério da Saúde adquiriu 304 milhões de UI (Unidades Internacionais) de Fator VIII para utilização neste ano e 850 milhões de UI para os próximos dois anos, sendo 640 milhões de unidades para 2012 e 210 milhões de UI para o primeiro trimestre de 2013. O investimento financeiro total chega a R$ 522 milhões.
HEMOFILIA – A hemofilia é uma doença hemorrágica, de herança genética, que leva à perda de mobilidade do paciente. Ela se caracteriza pela deficiência quantitativa e/ou qualitativa de Fator VIII (hemofilia A) ou de Fator IX (Hemofilia B). O tratamento profilático corresponde à reposição destes fatores no organismo, de maneira periódica e ininterrupta a longo prazo, iniciada antes ou após ocorrência do primeiro sangramento ou hemorragia da articulação (hemartrose) e antes dos 3 anos de idade, por período superior a 45 semanas por ano.
INDICAÇÃO – A profilaxia primária é indicada para pacientes:
Com diagnóstico confirmado de hemofilia A ou B grave; isto é, com dosagem de Fator VIII ou IX menor que 1%;
Que tenham idade até 3 anos e apresentado pelo menos um episódio de hemartrose em qualquer articulação ou hemorragia intracraniana;
Que tenham tido até um sangramento articular.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
14ª Conferência Nacional de Saúde reforça caráter universal do SUS. Com o tema “Todos usam o SUS”, evento reúne mais de 4 mil participantes
Mais de quatro mil participantes de todos os estados brasileiros deram início nesta quinta-feira (01/12) ao maior evento brasileiro na área de saúde. Com o tema “Todos usam o SUS! SUS na Seguridade Social, Política Pública, Patrimônio do Povo Brasileiro”, a 14ª Conferência Nacional de Saúde, está sendo realizada no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília até o próximo domingo (04).
“Para aqueles brasileiros que pensam que não usam o SUS, nossa mensagem é que todos usam”, disse o ministro Alexandre Padilha durante a abertura que contou com a presença dos ministros Mirian Belchior (Planejamento), Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia), Tereza Campello (Desenvolvimento Social), Iriny Lopes (Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres) e Luiz Sérgio (Pesca e Aquicultura).
Até o próximo domingo (04/12), os participantes vão debater os desafios e as perspectivas do Sistema Único de Saúde (SUS) e aprovar propostas de melhorias para a saúde brasileira. “Conferência reúne pessoas de todo tipo com muitas idéias, muitos temas, mas é preciso um ambiente de coesão em defesa de um SUS público”, enfatizou Padilha, que também é presidente do Conselho Nacional de Saúde.
“O SUS precisa ser reconstruído e a gente pode refazer a sua história, reafirmando sua importância como política pública. Podemos sim iniciar agora a grande mudança e pensar o mundo de outra forma”, declarou a coordenadora-geral da Conferência, Jurema Werneck.
AUMENTO DA TRANSPARÊNCIA – Na abertura da 14ª CNS, Padilha e o ministro-chefe da Controladoria Geral da União, Jorge Hage, apresentaram o Portal Saúde com Mais Transparência, desenvolvido em parceria entre os dois órgãos. A ferramenta divulgará as transferências de recursos do ministério a estados e municípios, tanto por repasses diretos quanto por convênios, as licitações em curso no ministério e os planos e relatórios de gestão da União, dos Estados e dos municípios.
A partir do primeiro trimestre do ano que vem, o portal trará também extratos detalhados sobre a execução financeira dos recursos, tornando públicos os pagamentos efetuados a determinado fornecedor ou prestador de serviços. Os dados serão divulgados mediante acordos já firmados entre com organizações financeiras como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.
Além do monitoramento das movimentações financeiras, o portal traz informações atualizadas sobre programas do ministério e a infraestrutura de saúde no país, como a quantidade de equipes do programa Saúde da Família por município e o número de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e de estabelecimentos do Farmácia Popular.
REFORÇO À OUVIDORIA – Também para reforçar o controle e a participação social na gestão do SUS, foi lançada a Carta SUS, nova ferramenta de ouvidoria para receber sugestões e críticas dos pacientes internados nos hospitais do SUS. A partir de janeiro, todos os pacientes da rede hospitalar públicas receberão, em casa, uma carta-resposta para que avaliem o atendimento recebido. A medida é objeto de convênio entre o Ministério da Saúde e os Correios, assinado durante a correspondência.
A correspondência terá porte-pago, ou seja, seu retorno não terá nenhum custo para o usuário do SUS. Ao receber a carta, o paciente poderá avaliar a qualidade e a agilidade do atendimento prestado e denunciar se foi vítima de algum abuso ou irregularidade, como a cobrança de procedimentos nos hospitais do SUS.
CONFERÊNCIAS PREPARATÓRIAS - Durante sete meses, municípios e estados de todo o Brasil se mobilizaram e debateram propostas para a melhoria do SUS. Ao todo, foram realizadas 4.347 conferências municipais e 27 estaduais, com a participação de mais de 26 mil pessoas.As Conferências Nacionais de Saúde acontecem há 76 anos. No entanto, no início o espaço era voltado somente às esferas intergovernamentais. Isso permaneceu até o reconhecimento da saúde na Constituição Federal de 1988, como um direito de todos e dever do Estado, e com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje, as Conferências ocorrem a cada quatro anos e os debates giram em torno dos desafios para a legitimação do Sistema como política pública universal e para a garantia de acesso aos serviços com equidade, integralidade e melhor qualidade. A ampliação das práticas de controle social e a disposição de processos democráticos e participativos de entidades e movimentos sociais também estão no foco das discussões atuais.
Serviço
14ª Conferência Nacional de Saúde
Data: 30/11 a 04/12
Horário das 9h às 21h
Local: Centro de Convenções Ulysses Guimarães – Brasília
Confira Programação Completa
Informações à Imprensa
(61) 3315.3179/ 3576/2560, 9186-7722 ou pelo e-mail: imprensacns@saude.gov.br
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